De acordo com o chefe da segurança panamenha, a situação se deve à política de céus abertos de alguns países, que permite aos chineses chegarem sem visto a eles e, posteriormente, seguirem para os Estados Unidos atravessando a selva de Darién. O chefe também anunciou novos planos para aumentar a vigilância na fronteira, a fim de conter o fluxo migratório.
Além dos chineses, o Serviço Nacional de Migração do Panamá relata que mais da metade dos migrantes que fizeram essa travessia em 2023 eram venezuelanos (328.650), seguidos de equatorianos (57.250), haitianos (46.422) e chineses (25.565), de todas as idades. Também foi registrado o fluxo de indianos, vietnamitas, afegãos, nepaleses e cidadãos de países africanos.
O chefe das autoridades panamenhas acredita que a situação da violência ligada ao narcotráfico que o Equador enfrenta pode fazer aumentar a migração desse país para os Estados Unidos por meio do Panamá. Além disso, o aumento do número de migrantes que cruzam a selva de Darién não parece estar diminuindo, de acordo com as previsões do chefe da segurança panamenha, que afirmou que os problemas aumentaram após a pandemia.
Diante desse cenário, as autoridades panamenhas estão planejando novas medidas para conter esse fluxo migratório e aumentar a vigilância na fronteira. A migração através da selva de Darién é um desafio logístico e humanitário, e o aumento significativo do número de pessoas que cruzam essa fronteira tem levado as autoridades a repensar suas estratégias para lidar com essa questão complexa.