Um exemplo recente desse interesse é o alto número de inscritos com até 34 anos no Concurso Nacional Unificado (CNU), que demonstra que os jovens têm interesse em ingressar no serviço público federal. De acordo com dados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, pessoas entre 25 e 34 anos são maioria dos candidatos, representando 38,3% do total.
No entanto, o setor público ainda engatinha em áreas como a diversidade e a flexibilidade necessária para atrair a geração Z. Segundo especialistas, esses jovens buscam propósito no trabalho, conectando-se com seus valores pessoais, respeitando a diversidade e o meio ambiente, e buscando equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Para os jovens, o trabalho no setor público deve proporcionar não apenas estabilidade salarial, mas também a oportunidade de atuar em espaços colaborativos e menos hierárquicos. Áreas como sustentabilidade e digitalização têm sido apontadas como ideais para a geração Z, por oferecerem ambientes mais participativos e modernos.
No entanto, apesar dos esforços de modernização, o setor público ainda enfrenta desafios, como a falta de flexibilidade para atuar em diferentes áreas e a lentidão na progressão de carreira. A falta de oportunidades de movimentação entre setores e a rigidez das estruturas podem afastar os jovens do serviço público.
Diante desse cenário, é fundamental que as instituições públicas estejam atentas às demandas e valores da geração Z, oferecendo ambientes de trabalho mais flexíveis, inclusivos e participativos. A modernização e a valorização do trabalho desses jovens podem ser essenciais para atrair e reter talentos no setor público, garantindo a renovação e a eficiência das instituições.