Duas semanas depois de ativistas atacarem o quadro da “Mona Lisa” no Museu do Louvre, em Paris, integrantes do coletivo Riposte Alimentaire repetiram o ato de vandalismo contra uma pintura de Claude Monet no Museu de Belas Artes de Lyon, na França.
As ativistas jogaram sopa na pintura “Primavera”, de 1872. O quadro, protegido por um vidro blindado, não foi diretamente afetado, mas o museu registrou uma queixa policial por ato de vandalismo.
Em uma postagem nas redes sociais, as ativistas questionaram: “Esta primavera será a única que nos resta se não reagirmos. O que nossos futuros artistas pintarão? Com o que sonharemos se não houver mais primavera?”
A ministra da Cultura da França, Rachida Dati, também se pronunciou sobre o ataque em Lyon, declarando apoio ao Museu de Belas Artes. “Como podemos imaginar que, ao atacar uma obra de arte, promovemos a causa que afirmamos servir?”, questionou.
Dati já havia criticado o ato contra a “Mona Lisa”, afirmando que “A Gioconda”, como patrimônio, pertence às gerações futuras e nenhuma causa pode justificar que ela seja feita de alvo.
Os ataques das ativistas climáticas têm gerado debates sobre os limites do ativismo, especialmente quando isso resulta em danos ao patrimônio cultural. A ministra francesa ressaltou que nenhuma causa justifica ataques a obras de arte, apelando para a preservação do legado cultural para as futuras gerações.
O vandalismo contra obras de arte em museus renomados como o Louvre e o Museu de Belas Artes de Lyon chama a atenção para a necessidade de se repensar as estratégias de ativismo e a forma como as causas são defendidas, sem recorrer a atos que colocam em risco o patrimônio cultural da humanidade.