Ativista de direitos humanos russo condenado a 2 anos e meio de prisão por protestar contra guerra na Ucrânia e criticar Putin.

O experiente ativista de direitos humanos russo, Oleg Orlov, foi condenado a dois anos e meio de prisão nesta terça-feira por supostamente “desacreditar as Forças Armadas” ao protestar contra a guerra na Ucrânia e acusar o presidente Vladimir Putin de liderar uma deriva em direção ao fascismo. Orlov, que lidera o grupo de direitos Memorial e foi agraciado com uma parte do Prêmio Nobel da Paz em 2022, foi acusado depois de participar de manifestações contra a guerra e por ter escrito um artigo intitulado “Eles queriam o fascismo. Eles conseguiram”.

Ao ser levado algemado após a sentença, Orlov, de 70 anos, afirmou que o veredicto mostrou que seu artigo era preciso e verdadeiro. Ele foi recebido com aplausos por seus apoiadores no tribunal de Moscou, incluindo representantes de embaixadas ocidentais que acompanharam o julgamento.

A condenação de Orlov gerou indignação e críticas de organizações de direitos humanos e da comunidade internacional. Muitos veem o veredicto como um ataque à liberdade de expressão e um sinal do endurecimento do regime de Putin contra dissidentes e opositores.

O caso de Orlov levanta preocupações sobre o estado da democracia e dos direitos humanos na Rússia, que há anos enfrenta críticas por sua postura em relação à liberdade de imprensa, liberdade de expressão e direitos civis. A condenação do ativista ressalta a crescente repressão política no país, onde protestos e críticas ao governo são cada vez mais reprimidos.

Diante desse cenário, a comunidade internacional e defensores dos direitos humanos pedem a libertação imediata de Oleg Orlov e o respeito à liberdade de expressão e aos direitos fundamentais na Rússia. A condenação do ativista tornou-se um símbolo da luta pela democracia e pelos direitos humanos no país.

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