Ataque de Israel em depósitos de foguetes do Hezbollah na Síria deixa ao menos 38 mortos em Aleppo, dizem agências.

Na madrugada desta sexta-feira (29), um bombardeio realizado por Israel na região de Aleppo, no norte da Síria, resultou na morte de pelo menos 38 pessoas. O alvo do ataque eram depósitos de foguetes pertencentes ao grupo Hezbollah, aliado do Irã e localizado na Síria. De acordo com informações da agência Reuters, citadas por fontes de segurança, 33 dos mortos eram membros do regime sírio, enquanto 5 eram integrantes do grupo libanês.

Porém, a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) aponta que o número de óbitos pode ter chegado a 42, incluindo tanto militares sírios quanto membros do Hezbollah. Este ataque foi considerado o mais letal realizado por Israel contra o Exército sírio em território sírio. O Ministério da Defesa da Síria também confirmou a mortalidade de civis no incidente, sem fornecer números precisos.

As instalações atingidas estavam próximas ao aeroporto de Aleppo, que tem sido alvo constante das ações militares de Israel na região norte. Desde o início do conflito com o Hamas em Gaza, Israel tem se envolvido em confrontos aéreos com o Hezbollah na fronteira com o Líbano, resultando em ataques em fábricas em Al-Saferah, além de explosões em Kafr Joum, a oeste de Aleppo.

É importante ressaltar que o Hezbollah desempenha um papel significativo na guerra civil da Síria, lutando ao lado do regime de Bashar al-Assad e garantindo território para treinamento e transporte de armas entre seus aliados no “eixo da resistência”, liderado pelo Irã. A relação do grupo libanês com Teerã e Damasco tem mantido uma situação de conflito morno entre Israel e seus adversários.

Com respostas cada vez mais amplas por parte de Israel, o cenário de conflito na região do Oriente Médio permanece tenso. Ataques proporcionais têm sido realizados tanto pela Hezbollah quanto pelo Exército israelense, mantendo uma dinâmica delicada de confronto. Tel Aviv já anunciou ter atingido milhares de alvos do Hezbollah no Líbano e na Síria desde o início dos conflitos em Gaza.

Procurado pela AFP para comentar o incidente, o Exército israelense manteve a postura habitual de não fornecer informações à imprensa estrangeira. Com a escalada das hostilidades na região, a comunidade internacional segue atenta às consequências desses confrontos na região.

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