O governo britânico está prestes a formalizar um acordo que permitirá estabelecer um mecanismo de comunicação direta com Cuba. A assinatura desse acordo ocorre em um momento de crescente pressão por parte da União Europeia contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos à ilha caribenha. Essa situação tem impacto direto nos investimentos europeus em Cuba.
No final de maio, Josep Borrell, Alto Representante da UE para Política Externa, realizou sua primeira visita oficial a Havana, demonstrando claramente o apoio ao crescente setor privado cubano. Essa atitude política das autoridades de Bruxelas demonstra o interesse em aprofundar as reformas econômicas que estão sendo implementadas na ilha.
Agora, o Ministro do Comércio Internacional do Reino Unido, David Rutley, está programando uma visita a Cuba, onde se reunirá com o Ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodriguez, e representantes de agências da ONU, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Programa Mundial de Alimentos e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Durante sua estadia, Rutley também planeja se encontrar com pequenos empresários locais e membros da comunidade de graduados Chevening de Cuba, um programa de bolsas de estudo para o ensino superior no Reino Unido, para discutir a situação social e econômica do país.
Rutley expressou suas expectativas em relação a essa visita, afirmando: “Como parte de nosso compromisso de fortalecer o relacionamento entre o Reino Unido e Cuba, aguardo com expectativa a assinatura de um Acordo de Diálogo Político e Cooperação que nos permitirá abordar questões de importância para ambos os lados, como direitos humanos e o embargo”.
Essa iniciativa visa fortalecer os laços entre o Reino Unido e Cuba, estabelecendo canais diretos de diálogo e cooperação. A assinatura desse acordo representa um avanço significativo nas relações bilaterais entre os dois países e reafirma o compromisso do Reino Unido em apoiar o desenvolvimento econômico e social de Cuba. Esse acordo também permitirá abordar questões sensíveis, como os direitos humanos e o embargo internacional.