Ferraz, homem de confiança de Bolsonaro há décadas, expressou sua insatisfação com a situação: “Uns merdas que chegaram ontem estão lá em cima e eu tenho que ficar mendigando para subir. Deixaram o Malafaia cuidar do ato, deu nisso”, reclamou ele, antes de decidir ir embora do local antes mesmo do início do evento.
Vindo especialmente do Rio de Janeiro para participar da manifestação, Ferraz possui uma longa história ao lado de Bolsonaro. Foi assessor de gabinete do ex-presidente quando este era deputado federal e também um dos idealizadores das motociatas, eventos que se tornaram populares durante a gestão de Bolsonaro.
A presença de Ferraz na manifestação, mesmo que breve e marcada pela insatisfação, reflete a importância dos laços firmados ao longo dos anos entre ele e Bolsonaro. Sua saída antes do início do evento demonstra um descontentamento com a organização do ato, mostrando que nem mesmo os mais próximos aliados do ex-presidente estão imunes a eventuais desavenças e insatisfações.
Este episódio nos faz refletir não apenas sobre a intrincada rede de relações políticas que permeiam o entorno de Bolsonaro, mas também sobre a importância da organização e planejamento em eventos de grande magnitude como as manifestações populares. A ausência de Ferraz no caminhão de som principal pode ter passado despercebida por muitos dos presentes, mas sua presença e posterior saída não deixaram de ser um reflexo das tensões e desafios enfrentados pelos apoiadores do ex-presidente.