Um exemplo claro disso é a iminente eleição para o Parlamento Europeu, que pode resultar na presença de até uma centena de neofascistas entre os 705 representantes. Este aumento de forças radicais é ainda mais preocupante em uma era dominada pelas redes sociais, onde discursos polarizados ganham cada vez mais espaço e influência.
Neste contexto, erros de operação por parte dos governos têm um impacto significativo. A queda de popularidade do ex-presidente Lula, por exemplo, não pode ser atribuída apenas às suas declarações sobre política externa, mas também a reações adversas a declarações e ações equivocadas. O caso dos dividendos da Petrobras é um exemplo emblemático de como números positivos podem se transformar em uma sequência de más notícias, alimentadas por especuladores e oportunistas.
Além disso, questões como a formalização dos trabalhadores de aplicativos e o combate à corrupção têm sido pautas recorrentes. A falta de diálogo e debate sobre esses temas pode levar a interpretações distorcidas e à disseminação de fake news, ampliando ainda mais a polarização.
Diante desse contexto, é fundamental que haja um enfrentamento democrático e dentro das regras do jogo contra discursos e práticas antidemocráticas. Ignorar ou minimizar a gravidade dessas ameaças só alimenta o extremismo e coloca em risco os valores fundamentais de uma sociedade democrática. É preciso estar atento às nuances e complexidades do cenário político atual para evitar que o mal-estar se transforme em uma crise de proporções ainda maiores.