Durante sua fala, Rosa brincou dizendo que seu discurso ocuparia o mesmo tempo de seus anos de magistratura. Com lágrimas nos olhos, ela falou sobre sua trajetória como juíza de carreira e como sempre reverenciou o STF como guardião da lei fundamental do país.
“Para uma juíza de carreira que fez uma opção pela magistratura do trabalho há mais de meio século, tem sido uma honra ímpar exercer a jurisdição constitucional desta Suprema Corte, assim como é uma honra presidi-la”, afirmou a ministra.
Rosa também mencionou um episódio recente que marcou sua gestão: a invasão ao prédio do Supremo durante os atos golpistas de 8 de janeiro, que ela chama de “Dia da Infâmia”. Segundo ela, foi um dia sombrio para a democracia, mas é importante lembrar da resposta do STF, dos demais poderes e da sociedade em defesa dos valores democráticos.
“Nesse momento de dificuldade, o Supremo Tribunal Federal permanece firme, vigilante e resiliente na defesa dos valores democráticos e pela concretização das promessas civilizatórias da Constituição da República”, ressaltou a ministra.
Além disso, Rosa mencionou suas visitas a quilombos, aldeias indígenas e presídios durante sua gestão. Ela destacou a importância de políticas para esses grupos e ressaltou que essas visitas mostram um Brasil nem sempre agradável de ser visto, mas que precisa ser observado.
Com o fim de seu mandato como presidente do STF, Rosa Weber passará a integrar a Segunda Turma da Corte. Sua gestão foi marcada por decisões importantes e pelo enfrentamento de desafios, demonstrando sempre comprometimento com a defesa dos direitos fundamentais e da democracia.
A ministra deixa o cargo com o reconhecimento e o respeito de seus colegas, além do legado de uma atuação pautada pela ética, imparcialidade e competência. A partir de agora, caberá a seu sucessor dar continuidade ao trabalho realizado e enfrentar os desafios que estão por vir.