A mostra que reúne os móveis e objetos produzidos pelo Labinac, coletivo fundado por Alves e Durham em Berlim, pode ser visitada na galeria Jaqueline Martins, em São Paulo. Além disso, mais peças do estúdio estão em exibição na Casa Zalszupin, também na capital paulista.
O Labinac tem se dedicado à criação de peças funcionais para a casa, renovando móveis que saíram de moda para que possam participar da sociedade mais uma vez. Bancos, luminárias, estantes, aparadores e mesinhas laterais são alguns dos objetos produzidos a partir de sobras de matérias-primas usadas em projetos de arquitetura.
Além de peças versáteis, algumas das criações do Labinac tratam diretamente do bem-estar do meio ambiente. Um exemplo é um banco com assento de jaca e pés retorcidos de bronze feitos a partir de ossos de bois. A jaqueira é uma planta invasora que ganha a disputa pela sobrevivência com espécies nativas da mata atlântica.
A exposição na Casa Zalszupin foi montada de forma a reproduzir os ambientes de uma casa, com os móveis em seus locais esperados. Além das peças do Labinac, a mostra também inclui sofás, cadeiras e mesinhas de Jorge Zalszupin, criando um diálogo entre os clássicos do design brasileiro e as criações do coletivo.
O trabalho de Maria Thereza Alves também inclui uma série de vasos feitos com vidro, incluindo algumas peças do tipo Murano, da tradicional ilha de Veneza. A artista destaca a velocidade e a intuição necessárias para trabalhar com vidro, em um processo que requer decisões rápidas e uma concentração total. A capacidade de harmonizar materiais distintos é outra característica marcante do trabalho do estúdio.