Keith acreditava que os seres humanos surgiram na Europa e não na África, como é universalmente aceito na atualidade. Outra ideia de Keith foi a defesa da teoria de que o cérebro humano precisava atingir um determinado tamanho para que a inteligência humana pudesse se desenvolver. Ele argumentava que, se o cérebro possuísse um tamanho abaixo disso, não teria poder de computação suficiente para sustentar o raciocínio humano.
No entanto, estudos posteriores mostraram que essas teorias não tinham suporte científico e que o tamanho do cérebro não é tudo. Evidências paleoantropológicas indicam que algumas espécies, como Homo naledi e os “hobbits” da espécie Homo floresiensis, tinham comportamentos complexos, mesmo tendo cérebros razoavelmente pequenos. Além disso, mudanças no diagrama de conexão do cérebro, a forma dos neurônios e até onde e quando certos genes são ligados, influenciam a inteligência, demonstrando que não se resume ao tamanho do cérebro.
Outra descoberta que trouxe questionamentos às teorias de Keith foi a identificação de seres humanos com cérebros menores que os dos chimpanzés, mostrando que fatores como o diagrama de conexões do cérebro são mais importantes na determinação da inteligência.
Vários estudos recentes também demonstraram que as alterações do diagrama de conexões do cérebro, a expressão genética, e a morfologia dos neurônios desempenham um papel significativo no desenvolvimento da inteligência humana. Atualmente, os cientistas continuam pesquisando o cérebro humano e suas complexidades, com projetos ambiciosos de mapeamento das células cerebrais e identificação dos genes que influenciam a inteligência. Estes estudos representam avanços significativos, mas ressaltam que a influência do tamanho do cérebro na inteligência é apenas um dentre vários fatores a serem considerados.