Argentina enfrenta greve general contra medidas de austeridade do governo Milei em meio a crise econômica.

No ano passado, em uma eleição surpreendente, Milei foi eleito prometendo uma mudança drástica na economia argentina, chegando a afirmar que usaria uma “motosserra” para resolver a crise econômica deixada pelos governos anteriores. Essa promessa conquistou muitos eleitores que estavam cansados da instabilidade econômica que assolava o país há anos, levando a esgotamento das reservas e a uma inflação de três dígitos.

No entanto, a postura pró-mercado e as medidas de austeridade adotadas por Milei logo geraram controvérsias. Enquanto alguns ainda apoiam suas políticas, muitos argentinos viram seus salários reais diminuírem, os níveis de pobreza aumentarem e a atividade econômica se deteriorar no início de seu mandato.

Recentemente, o sindicato CTA liderou uma greve contra o governo de Milei, alegando que as políticas adotadas só beneficiam os ricos em detrimento do povo e dos trabalhadores. Essa greve representou um desafio para o governo, que busca aprovar reformas significativas, incluindo reformas trabalhistas controversas, no Senado.

A paralisação teve impactos em diversos setores, com voos cancelados, portos fechados e escolas e universidades operando com capacidade reduzida. A previsão é de que os mercados tenham uma atividade limitada, uma vez que os bancos permanecerão fechados devido à adesão dos funcionários à greve.

O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, mencionou que a greve não tinha motivo aparente, lamentando o impacto que teria em milhões de pessoas que seriam afetadas pela falta de transporte. Essa situação evidencia a polarização e a tensão política que prevalece na Argentina, com diferentes setores da sociedade buscando defender seus interesses e posicionamentos em meio a um cenário econômico desafiador.

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