Na comparação com o último levantamento, realizado em junho, a distância entre os que aprovam Lula e os que desaprovam o petista aumentou de 16% para 25%. Além disso, o percentual de reprovação caiu de 40% para 35%. A pesquisa também mostrou uma melhora na avaliação do governo, com 42% dos entrevistados considerando positiva a administração federal, enquanto 24% a desaprovam. No levantamento anterior, os números eram de 37% de aprovação e 27% de reprovação.
O presidente da Quaest, Felipe Nunes, destacou o crescimento da aprovação de Lula, inclusive entre setores antipetistas, como a região Sul, onde Lula e o PT são derrotados desde 2006. Nessa região, a aprovação do presidente subiu 11 pontos percentuais em relação a junho, chegando a 59%.
Outro dado interessante é a aprovação do governo Lula entre os evangélicos, que votaram majoritariamente em Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, a aprovação do governo é numericamente maior que a desaprovação nesse segmento religioso, com 50% de aprovação e 46% de desaprovação.
No Nordeste, Lula continua tendo seu melhor desempenho, com uma aprovação de 72%. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste, a aprovação é menor, ficando em 52%. Entre os evangélicos, essa é a primeira pesquisa em que a aprovação a Lula supera a desaprovação.
A pesquisa também revelou que 25% dos eleitores que votaram em Bolsonaro aprovam o governo Lula, um aumento em relação aos 22% de junho e aos 14% de abril. Felipe Nunes aponta duas razões para explicar a melhora no desempenho do governo: a primeira é econômica, com a queda na avaliação retrospectiva negativa sobre a economia nos últimos dois meses e a alta na avaliação positiva.
Outro fator que contribuiu para o crescimento da aprovação do governo foi a alta aprovação dos programas Safra e Desenrola, anunciados neste intervalo entre as pesquisas. Esses programas começaram a agradar o eleitorado que não necessariamente votou em Lula em 2022.
A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 10 e 14 de agosto, ouvindo 2.029 eleitores. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.