Após menos de 24 horas, caminhoneiro condenado por acidente que matou família é solto da prisão.

O caminhoneiro Rafael Conrado, condenado a 16 anos de prisão pelo acidente que resultou na morte de cinco pessoas da mesma família em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi solto da prisão nesta sexta-feira (8). A Soltura acorreu menos de 24 horas após o homem ser preso.

O acidente ao qual ele foi condenado, aconteceu em 2014 na BR-376. Ele foi preso em flagrante, já no hospital onde recebia atendimento, após teste do bafômetro apontar que ele havia bebido. Cerca de dois anos depois, em 2016, Rafael chegou a ser solto por um habeas corpus, mas voltou a ser preso em 2019 e foi colocado em liberdade dias depois. Já na última quinta-feira (7) um mandado de prisão foi expedido e o homem voltou a ser preso, sendo encaminhado para a Penitenciaria Estadual de Ponta Grossa. Por conta disso, a defesa de Rafael entrou com um pedido para anular julgamento e ele responder em liberdade, o que a justiça acatou.

O acidente aconteceu em 4 de agosto de 2014. Conforme a denúncia, Rafael Conrado dirigia um caminhão bitrem carregado com farelo de soja. O veículo invadiu a pista contrária e acertou o carro onde estava a família. Todos morreram na hora. Entre as vítimas, havia duas crianças. Uma delas fazia aniversário no dia do acidente. A família estava voltando da comemoração da festa de aniversário.

A soltura de Rafael Conrado tem causado polêmica e revolta, principalmente por parte dos familiares das vítimas. Muitos alegam que a decisão da justiça não condiz com a gravidade do crime e que a liberdade do caminhoneiro traz à tona a sensação de impunidade. Por outro lado, a defesa de Conrado argumenta que houve irregularidades no processo e que ele tem o direito de responder em liberdade até que todos os recursos se esgotem.

Mesmo com sua soltura, Rafael Conrado será monitorado por tornozeleira eletrônica e terá que se apresentar periodicamente à justiça. Apesar disso, o fato de um condenado por um crime tão grave estar em liberdade tem gerado indignação e muitas discussões sobre o sistema judicial do país.

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