As mudanças na comercialização entraram em vigor a partir do dia 1º de agosto de 2024. O prazo foi estabelecido para que os pacientes tenham tempo de se adaptar ao novo formato de prescrição do medicamento.
A vice-presidente da Associação Brasileira do Sono e neurologista, Márcia Assis, destacou que a restrição no uso do Zolpidem se deu devido ao abuso desse medicamento. Segundo ela, muitas pessoas utilizavam o medicamento de forma indiscriminada e em doses muito elevadas, associando-o a outros fármacos e gerando uma série de efeitos adversos e dependência.
Especificamente durante a pandemia de Covid-19, houve um aumento significativo no uso do Zolpidem, o que levou a Anvisa a tomar medidas mais rígidas para garantir a segurança da população. Márcia destacou a importância de encontrar outras formas de tratar a insônia, como mudanças no estilo de vida, na alimentação e a prática de atividades físicas, em vez de depender apenas da medicação.
Além disso, a médica alertou sobre o uso da melatonina para dormir, explicando que essa substância deve ser indicada apenas em situações específicas e que seu uso indiscriminado pode acarretar efeitos colaterais indesejados.
Dessa forma, a restrição na venda do Zolpidem visa proteger a saúde da população e estimular a busca por alternativas mais saudáveis no tratamento da insônia.