Anvisa restringe venda de Zolpidem devido ao uso indiscriminado de remédios para dormir

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma importante atualização esta semana em relação ao controle e venda do medicamento Zolpidem, utilizado no tratamento da insônia. A partir de agora, qualquer medicamento que contenha essa substância, como Patz, Turno, Pidezoti, Zolfest e Zoup, deve ser prescrito apenas por meio de notificação de receita ‘B’. Essa medida se deve ao fato de que o Zolpidem faz parte da lista de substâncias psicotrópicas da norma de substâncias controladas no Brasil.

As mudanças na comercialização entraram em vigor a partir do dia 1º de agosto de 2024. O prazo foi estabelecido para que os pacientes tenham tempo de se adaptar ao novo formato de prescrição do medicamento.

A vice-presidente da Associação Brasileira do Sono e neurologista, Márcia Assis, destacou que a restrição no uso do Zolpidem se deu devido ao abuso desse medicamento. Segundo ela, muitas pessoas utilizavam o medicamento de forma indiscriminada e em doses muito elevadas, associando-o a outros fármacos e gerando uma série de efeitos adversos e dependência.

Especificamente durante a pandemia de Covid-19, houve um aumento significativo no uso do Zolpidem, o que levou a Anvisa a tomar medidas mais rígidas para garantir a segurança da população. Márcia destacou a importância de encontrar outras formas de tratar a insônia, como mudanças no estilo de vida, na alimentação e a prática de atividades físicas, em vez de depender apenas da medicação.

Além disso, a médica alertou sobre o uso da melatonina para dormir, explicando que essa substância deve ser indicada apenas em situações específicas e que seu uso indiscriminado pode acarretar efeitos colaterais indesejados.

Dessa forma, a restrição na venda do Zolpidem visa proteger a saúde da população e estimular a busca por alternativas mais saudáveis no tratamento da insônia.

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