No primeiro processo, movido em 2020, os grupos exigiram que a FDA colocasse o mentol na lista de sabores proibidos por motivos de saúde pública. Após a agência começar a tomar medidas, o processo foi arquivado. No entanto, diante dos atrasos da FDA em emitir uma regra final sobre a proibição do mentol, os grupos decidiram entrar com uma ação novamente.
Os cigarros de mentol são muito populares entre membros das comunidades negras e o atraso na proibição desses produtos é visto como prejudicial para a saúde pública. Segundo o processo movido pelos grupos, a indústria do tabaco continua a usar os cigarros de mentol para atrair jovens, mulheres e integrantes da comunidade negra, colocando em risco a saúde dessas pessoas.
A presidente da Associação Médica Nacional, Yolanda Lawson, destacou a preocupação dos médicos afro-americanos com os atrasos da FDA na finalização da proibição, que têm impacto direto na saúde e na vida de muitos pacientes. A Action on Smoking and Health também expressou sua frustração com a situação e ressaltou que a pesquisa da FDA confirma que uma proibição do mentol poderia salvar vidas.
Estudos mostram que uma proibição de mentol poderia reduzir os custos com saúde e salvar milhares de vidas, inclusive de pessoas negras, em longo prazo. No entanto, a demora da FDA em finalizar as regras coloca em xeque a proteção da saúde pública e a luta contra o tabagismo nos Estados Unidos.
A expectativa é de que a FDA tenha cerca de dois meses para responder ao processo na corte e que a Casa Branca se posicione sobre o assunto. Enquanto isso, as associações e grupos antifumo continuam sua batalha pela proibição dos cigarros mentolados, buscando garantir um ambiente mais saudável para todos os americanos.