Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmadas pela Folha, a Anac afirmou que as isenções concedidas não comprometem a segurança de voo, sendo um prazo de adaptação para aeronaves certificadas em outros países se adequarem às normas brasileiras. No entanto, a isenção concedida à Voepass para o avião que caiu em Vinhedo, SP, na última sexta-feira, não registrava oito parâmetros essenciais como a pressão hidráulica do sistema e as posições dos compensadores de voo.
Apesar de especialistas apontarem que a isenção não compromete a segurança de voo, há preocupações em relação às futuras investigações de acidentes aéreos. A Agência Nacional de Aviação Civil ressalta que as isenções são concedidas para permitir a adaptação de aeronaves às regras vigentes no Brasil, levando em consideração as exigências locais mais restritivas em relação a outros países.
A Anac também destaca que suas decisões, que afetam a investigação de acidentes, são tomadas após consultas ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), garantindo que os parâmetros isentados não prejudiquem as investigações em curso. A agência afirma que o Cenipa possui capacidade técnica reconhecida internacionalmente para realizar investigações precisas com as informações disponíveis.
Essas isenções concedidas pela Anac visam garantir a segurança dos voos no Brasil, permitindo um período de adaptação para a conformidade com as normas locais, evitando possíveis incidentes e acidentes aéreos. A concessão dessas isenções é uma prática comum para aeronaves certificadas em outros países e se enquadra dentro das regulamentações internacionais da aviação civil.