As anãs brancas são objetos extremamente densos, reunindo cerca de 70% da massa do Sol em um volume equivalente ao da Terra. Originadas a partir de estrelas com até oito vezes a massa solar, essas estrelas queimam todo o seu hidrogênio e, após passarem pela fase de gigante vermelha, se transformam em anãs brancas. Neste novo estudo, os pesquisadores detectaram pela primeira vez uma cicatriz na anã branca, composta por elementos metálicos provenientes de fragmentos de planetas ou asteroides que a estrela “devorou”.
A presença dessa cicatriz surpreendeu os pesquisadores, uma vez que se esperava que os detritos se misturassem com o restante do material na superfície da estrela. O campo magnético da anã branca, no entanto, impediu essa mistura, canalizando e mantendo os elementos metálicos nos polos magnéticos da estrela.
Segundo Stefano Bagnulo, astrônomo responsável pelo estudo, esse achado é fundamental pois revela o papel do campo magnético na interação entre a estrela e os detritos planetários. Além disso, a descoberta pode ter implicações para o nosso próprio Sistema Solar, já que daqui a bilhões de anos o Sol se transformará em uma anã branca, possivelmente poluída pelos elementos metálicos de seu sistema planetário.
Portanto, a pesquisa realizada com essa anã branca não só contribui para o entendimento do comportamento estelar, mas também lança luz sobre o futuro de estrelas como o Sol e seus sistemas planetários. A partir dessa descoberta, novas questões e desafios se apresentam para a astronomia e a astrofísica, motivando novos estudos e pesquisas no campo da cosmologia.