Alunos da Faculdade de Direito da USP aderem à greve iniciada por estudantes da FFLCH em protesto por melhorias na universidade

Estudantes da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), localizada no Largo de São Francisco, decidiram aderir à greve que foi iniciada por estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) na semana passada. A decisão foi tomada em assembleia na noite de segunda-feira (25), com a participação de 630 estudantes, sendo que 606 votaram a favor da paralisação, de acordo com o Centro Acadêmico 11 de Agosto.

A mobilização dos estudantes tem como principais reivindicações a contratação de professores e servidores, além de investimentos na estrutura da universidade. Eles também estão lutando pelo fortalecimento da política de permanência estudantil. Em resposta, a reitoria da USP emitiu uma nota onde afirma respeitar a autonomia do movimento estudantil e se coloca aberta ao diálogo. A reitoria informou que há 641 vagas para serem ocupadas, sendo que 238 já foram preenchidas. O objetivo é “ter o mesmo número de professores de 2014”, segundo a nota.

Além de aderir à greve, os estudantes da Faculdade de Direito planejam realizar bloqueios nas entradas das salas de aula e prometem utilizar a bateria para chamar atenção caso algum professor insista em manter as aulas. Além disso, eles ameaçam fazer intervenções se aulas forem marcadas no formato online.

Nesta terça-feira, às 16h, será realizada uma assembleia de professores convocada pela Adusp (Associação de Docentes da USP) para discutir a adesão à greve iniciada pelos estudantes. Professores do Instituto de Psicologia e da FFLCH já decidiram realizar uma paralisação, que deve durar pelo menos até esta terça-feira.

Também está agendado um protesto dos estudantes em direção ao Largo do Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, nesta terça-feira. Já na quarta-feira (27), os servidores da USP irão realizar uma assembleia para decidir sobre a greve e discutir o acordo coletivo dos trabalhadores técnico-administrativos.

A greve dos estudantes da USP reflete um movimento de luta por melhorias estruturais na universidade, como a contratação de mais professores e servidores, além do fortalecimento das condições de permanência estudantil. A adesão de outras faculdades, como a de Direito, demonstra a união dos estudantes nessa causa. Agora, resta aguardar as decisões das assembleias dos professores e servidores para saber se a greve se estenderá por toda a universidade. Ações como bloqueios nas salas de aula e protestos também evidenciam a pressão dos estudantes em busca de uma resposta das autoridades universitárias.

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