A mobilização dos estudantes tem como principais reivindicações a contratação de professores e servidores, além de investimentos na estrutura da universidade. Eles também estão lutando pelo fortalecimento da política de permanência estudantil. Em resposta, a reitoria da USP emitiu uma nota onde afirma respeitar a autonomia do movimento estudantil e se coloca aberta ao diálogo. A reitoria informou que há 641 vagas para serem ocupadas, sendo que 238 já foram preenchidas. O objetivo é “ter o mesmo número de professores de 2014”, segundo a nota.
Além de aderir à greve, os estudantes da Faculdade de Direito planejam realizar bloqueios nas entradas das salas de aula e prometem utilizar a bateria para chamar atenção caso algum professor insista em manter as aulas. Além disso, eles ameaçam fazer intervenções se aulas forem marcadas no formato online.
Nesta terça-feira, às 16h, será realizada uma assembleia de professores convocada pela Adusp (Associação de Docentes da USP) para discutir a adesão à greve iniciada pelos estudantes. Professores do Instituto de Psicologia e da FFLCH já decidiram realizar uma paralisação, que deve durar pelo menos até esta terça-feira.
Também está agendado um protesto dos estudantes em direção ao Largo do Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, nesta terça-feira. Já na quarta-feira (27), os servidores da USP irão realizar uma assembleia para decidir sobre a greve e discutir o acordo coletivo dos trabalhadores técnico-administrativos.
A greve dos estudantes da USP reflete um movimento de luta por melhorias estruturais na universidade, como a contratação de mais professores e servidores, além do fortalecimento das condições de permanência estudantil. A adesão de outras faculdades, como a de Direito, demonstra a união dos estudantes nessa causa. Agora, resta aguardar as decisões das assembleias dos professores e servidores para saber se a greve se estenderá por toda a universidade. Ações como bloqueios nas salas de aula e protestos também evidenciam a pressão dos estudantes em busca de uma resposta das autoridades universitárias.