Aliados de Lula se mobilizam em defesa do ministro da Justiça, Flávio Dino, diante de ofensiva da oposição

O presidente Lula e seus aliados têm se mobilizado para a defesa do ministro da Justiça, Flávio Dino, diante da ofensiva da oposição decorrente do fato da esposa de um homem apontado como líder do Comando Vermelho no Amazonas ter participado de reuniões na pasta.

A mobilização em defesa de Dino ganhou corpo com publicações de Lula, de membros do governo federal e de parlamentares da base. A solidariedade ao ministro também foi expressa pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e por diversos parlamentares próximos ao ministro.

O desgaste para o governo foi agravado com a revelação de que uma viagem de Luciane a Brasília foi custeada pelo Ministério de Direitos Humanos e Cidadania. A pasta alega que o custeio aconteceu para a participação do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura.

Parlamentares consultados pela Folha afirmam que as manifestações pró-Dino nas redes sociais ocorreram de forma espontânea, e não por orientação do governo. A avaliação é a de que a defesa do ministro “em praça pública” foi desencadeada pela própria posição de Lula.

O presidente Lula afirmou que Dino tem sofrido ataques “absurdos” e “artificialmente plantados”. Ele ressaltou que a atuação do Ministério da Justiça em diferentes frentes, como a defesa da democracia, tem despertado “muitos adversários”.

A onda de apoio nas redes sociais também contou com parlamentares próximos ao ministro, como a senadora Eliziane Gama e os deputados federais Duarte Jr. e Rubens Pereira Jr.

Apesar disso, a avaliação é a de que as últimas notícias envolvendo Dino e o Ministério da Justiça não alteraram o cenário político no Senado. Governistas afirmam que a resistência da oposição em relação ao nome de Dino já está cristalizada, e que o episódio não mudou a opinião dos senadores de nenhum dos lados.

A expectativa no Palácio do Planalto é que o presidente primeiro defina quem será o sucessor de Augusto Aras na PGR (Procuradoria-Geral da República). Aliados do petista dizem que o escolhido pode ser anunciado inclusive até o final desta semana.

A disputa está hoje entre os subprocuradores Paulo Gonet e Antonio Carlos Bigonha. O presidente tem adiado a indicação porque não se empolgou com os nomes à sua mesa.

A mobilização em defesa de Flávio Dino demonstra a força política do ministro e abre caminho para a possível indicação ao Supremo Tribunal Federal, mesmo diante das recentes polêmicas envolvendo o Ministério da Justiça. O apoio de Lula e de diversos aliados fortalece a posição de Dino e mantém seu nome em destaque para futuras nomeações.

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