Os membros do partido do ultraliberal Javier Milei, A Liberdade Avança, expressaram preocupação com o uso de cédulas remanescentes das eleições primárias, as Paso, para votar. Segundo a legislação, apenas as cédulas impressas especialmente para a ocasião ou as do primeiro turno seriam válidas, levantando questionamentos sobre o uso das cédulas das Paso.
Representantes do partido A Liberdade Avança formalizaram uma denúncia ao órgão eleitoral da província de Buenos Aires, relatando o uso de cédulas das Paso em pelo menos quatro centros de votação. Eles pedem a inclusão dessas cédulas na apuração final, alegando que elas expressam a vontade genuína do eleitor.
Enquanto isso, aliados da chapa de Sergio Massa também denunciaram problemas com as cédulas, alegando que algumas estavam rasgadas, cortadas ao meio, riscadas ou danificadas de alguma forma. A líder da coalizão governista no Senado da província de Buenos Aires afirmou que esses casos ocorreram em todo o país e que estão trabalhando para denunciá-los à Justiça eleitoral.
Javier Milei, por sua vez, alegou que cédulas roubadas e danificadas lhe custaram mais de 1 milhão de votos nas eleições primárias realizadas em agosto. Ele também expressou preocupações sobre fraudes no primeiro turno da eleição geral em outubro, alegando que as irregularidades foram tão grandes que colocam os resultados em dúvida.
A irmã de Milei, que comanda a campanha, apresentou uma queixa a um juiz federal alegando “fraude colossal” e afirmando que funcionários argentinos não identificados trocaram cédulas de Milei pelas de seu oponente. Ambos os lados expressaram preocupações sobre a integridade do processo eleitoral e estão buscando medidas para garantir que os votos sejam contabilizados de forma justa e precisa.