Em 2017, a J&F firmou um acordo de leniência que previa o pagamento de R$ 10,3 bilhões de multa por corrupção. No entanto, a tentativa de redução dessa indenização foi rejeitada pelo Conselho Institucional da PGR.
Aras defende que Albo não é seu aliado, evidenciando que o subprocurador teve votação unânime para compor o Conselho Superior do Ministério Público Federal e era amigo da procuradora-geral interina, Elizeta Ramos. Esses fatores indicam, segundo Aras, que Albo não tem ligação direta com suas ações.
Além disso, o ex-PGR rejeita a afirmação de que o Conselho Nacional do Ministério Público, sobre o qual ele supostamente tem forte influência, interferiu a favor do desconto na multa da J&F. Aras argumenta que o valor do acordo de leniência é um tema em discussão na Justiça, fora das competências do órgão.
É importante ressaltar que Aras tem negado qualquer participação na redução da multa da J&F, afirmando que essa é uma versão equivocada dos fatos. Ele busca desvincular sua imagem de qualquer associação duvidosa e reforçar sua postura de imparcialidade e integridade durante seu mandato como procurador-geral da República.
Esse episódio coloca em evidência as discordâncias e controvérsias que envolvem a atuação do ex-procurador-geral da República. Aras enfrenta críticas e questionamentos de seus aliados, que contestam sua suposta participação no caso da J&F, e busca se defender, negando qualquer envolvimento e ressaltando a importância da separação dos poderes e das competências do sistema jurídico. O desdobramento desse caso e as respostas às acusações contra Aras serão cruciais para avaliar sua atuação como ex-procurador-geral da República.