Aliados de Augusto Aras negam envolvimento em desconto de R$ 6,8 bilhões em leniência da J&F com a PGR

O ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, está sendo contestado por seus aliados em relação à sua suposta participação na redução de R$ 6,8 bilhões no processo de leniência da empresa J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Aras nega qualquer envolvimento com o subprocurador Ronaldo Albo, que propôs a diminuição do valor do acordo.

Em 2017, a J&F firmou um acordo de leniência que previa o pagamento de R$ 10,3 bilhões de multa por corrupção. No entanto, a tentativa de redução dessa indenização foi rejeitada pelo Conselho Institucional da PGR.

Aras defende que Albo não é seu aliado, evidenciando que o subprocurador teve votação unânime para compor o Conselho Superior do Ministério Público Federal e era amigo da procuradora-geral interina, Elizeta Ramos. Esses fatores indicam, segundo Aras, que Albo não tem ligação direta com suas ações.

Além disso, o ex-PGR rejeita a afirmação de que o Conselho Nacional do Ministério Público, sobre o qual ele supostamente tem forte influência, interferiu a favor do desconto na multa da J&F. Aras argumenta que o valor do acordo de leniência é um tema em discussão na Justiça, fora das competências do órgão.

É importante ressaltar que Aras tem negado qualquer participação na redução da multa da J&F, afirmando que essa é uma versão equivocada dos fatos. Ele busca desvincular sua imagem de qualquer associação duvidosa e reforçar sua postura de imparcialidade e integridade durante seu mandato como procurador-geral da República.

Esse episódio coloca em evidência as discordâncias e controvérsias que envolvem a atuação do ex-procurador-geral da República. Aras enfrenta críticas e questionamentos de seus aliados, que contestam sua suposta participação no caso da J&F, e busca se defender, negando qualquer envolvimento e ressaltando a importância da separação dos poderes e das competências do sistema jurídico. O desdobramento desse caso e as respostas às acusações contra Aras serão cruciais para avaliar sua atuação como ex-procurador-geral da República.

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