Segundo a ministra, a região do Pantanal vive uma escassez hídrica severa, com a bacia do Paraguai sendo uma das mais afetadas. Ela destacou que a seca na região aponta para um “novo normal”, representando a pior estiagem dos últimos 70 anos. Marina abordou a questão dos incêndios serem decorrentes da ação humana, pois grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão tem propiciado incêndios fora da curva que são incomuns.
Desde outubro do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente vinha planejando ações para antecipar consequências dos incêndios, que já eram esperados. O governo decretou situação de emergência em relação ao fogo e a contratação de brigadistas, contando com a atuação de diversos órgãos como o Ibama, ICMBio, Marinha e bombeiros locais.
A ministra Marina Silva destacou a importância da Lei do Manejo Integrado do Fogo, que ainda não foi aprovada pelo Congresso, e fez um apelo para que seja votada emergencialmente. Ela também ressaltou a proibição do uso do fogo em pastagens nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, alertando que qualquer ação que envolva o fogo será considerada um delito.
A ministra Simone Tebet também enfatizou ações dos governos estaduais, como a proibição do manejo controlado de fogo até o final do ano, visando combater os incêndios. Os esforços estão concentrados principalmente nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde os incêndios têm causado grande devastação, como no município de Corumbá, que é apontado como um dos mais afetados devido ao desmatamento.
Diante desta grave situação, é fundamental a união de esforços e ações efetivas para combater os incêndios e proteger o meio ambiente, como afirmado pela ministra Marina Silva e pela equipe ministerial presente na reunião de crise. A atenção e o apoio dos governos estaduais e da população são essenciais para enfrentar essa situação crítica que assola o Pantanal.