Messias tem uma trajetória ligada ao PT, tendo ocupado cargos em governos petistas anteriores. Ele é visto como um aliado fiel de Lula e acompanhou a ex-presidente Dilma Rousseff em momentos difíceis, como o impeachment. Sua proximidade com o partido é usada como argumento por seus apoiadores para convencer Lula a indicá-lo para a vaga no STF.
No entanto, há aqueles que enxergam a indicação de Dino como uma opção mais adequada. O ministro da Justiça possui uma sólida carreira jurídica, tendo sido juiz federal e presidente da Associação Nacional de Juízes Federais. Além disso, sua entrada na corte reforçaria a ala do STF composta por Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Os aliados de Messias argumentam que, se Dino for indicado, ele pode não ser tão fiel a Lula quanto o atual ministro da AGU. Eles acreditam que a cadeira no STF fortaleceria a posição política de Dino, que é visto como um possível pré-candidato à sucessão de Lula.
A possível indicação de um novo homem para o STF também levanta preocupações. Lula pediu a auxiliares que recomendassem nomes de mulheres para uma possível sucessão de Dino ou Messias, a fim de atenuar críticas sobre a falta de representatividade feminina na corte. No entanto, aliados afirmam que há mais opções de mulheres para a AGU do que para o Ministério da Justiça.
Tanto Dino quanto Messias manifestaram suas opiniões sobre as possíveis indicações. Dino considera um convite para o STF “honroso”, mas ressalta que precisa conversar com sua família. Já Messias expressou resistência em assumir o Ministério da Justiça sem realizar mudanças na equipe do atual ministro.
A escolha de Lula para a vaga no STF será influenciada pela trajetória no Judiciário, correlação de forças na corte e outros fatores políticos. Ainda há outros candidatos cotados, como Bruno Dantas, presidente do TCU.
Em resumo, a disputa pela vaga no STF continua e o presidente Lula terá que considerar diversos aspectos antes de fazer sua escolha, dividindo opiniões no Palácio do Planalto.