Agronegócio busca soluções sustentáveis para aumentar a produtividade sem desmatamento, aponta seminário da Folha e Banco do Brasil

A busca por soluções viáveis para aumentar o cultivo sem recorrer à expansão de áreas tem sido um dos principais desafios enfrentados pelo agronegócio diante da crescente demanda do mercado. Esse tema foi discutido durante o primeiro painel da 7ª edição do seminário “Agronegócio Sustentável”, promovido pela Folha em parceria com o Banco do Brasil.

Durante o evento, Mauro Zafalon, colunista e repórter especial da Folha, conduziu as discussões que destacaram a importância de aumentar a produtividade de forma sustentável. Um dos pontos abordados foi a aprovação de uma norma pela União Europeia que proíbe a venda de produtos ligados ao desmatamento, gerando preocupações no setor.

Para Pedro de Camargo Neto, ex-secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a falta de presença do governo brasileiro e do setor privado no Parlamento Europeu durante a aprovação dessa lei foi considerada “indesculpável”. Ele ressaltou a urgência no combate ao desmatamento ilegal e a importância de reformular o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para fortalecer as ações de fiscalização.

Além disso, o seminário abordou a possibilidade de aumento da produtividade sem desmatamento, destacando um estudo que aponta que o plantio de soja no Brasil pode crescer significativamente sem a necessidade de devastar a floresta. Modelos de cooperativas de pequenos produtores também foram citados como uma alternativa para promover uma agricultura mais sustentável.

O governo federal anunciou o Plano Safra 2024/2025, com investimentos recordes no setor agrícola. João Luís Avancini Farinha, executivo da diretoria de agronegócios do Banco do Brasil, destacou a importância do crédito para pequenos e médios produtores, ressaltando a necessidade de programas contínuos, aliados à tecnologia e órgãos técnicos, para garantir a sustentabilidade e aumentar a produtividade no campo.

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