Segundo o advogado Paulo da Cunha Bueno, a colaboração de Mauro Cid foi obtida sob condições que prejudicaram seu estado emocional e mental, tornando-a questionável perante a lei. Cid teria sido mantido preso por quatro meses sem sequer ter uma ação penal contra ele, além de ter sido impedido de contato com seus familiares também investigados.
Para Cunha Bueno, a colaboração de Cid é o exemplo mais deficiente já feito no Brasil, superando até mesmo casos da operação Lava Jato. Essa movimentação da defesa de Bolsonaro surge paralelamente a um debate na Câmara dos Deputados sobre um projeto de lei que veda a delação premiada de réus presos.
Apesar da coincidência, o advogado garante que sua iniciativa não tem relação direta com a proposta em discussão. Ele ressalta a necessidade de avaliar a maturidade do Brasil em relação à colaboração premiada, considerando que o país ainda enfrenta desafios em manter um instrumento tão polêmico.
Enquanto a defesa de Bolsonaro segue questionando a delação de Mauro Cid, a socióloga Neca Setubal lançou sua autobiografia em um evento que contou com a presença de figuras importantes, como a ministra Marina Silva e a filósofa Sueli Carneiro. O lançamento aconteceu na Livraria da Vila da Fradique Coutinho, em São Paulo, e contou com a presença da antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz.
Com essa movimentação jurídica e eventos culturais importantes, o cenário político e cultural brasileiro segue em constante transformação, colocando em evidência questões complexas e relevantes para a sociedade. Este é mais um capítulo na trajetória de investigações envolvendo autoridades e no cenário cultural do país.