Advogado Ricardo Tepedino faleceu aos 61 anos vítima de câncer, deixando legado na advocacia empresarial e nas artes

No último domingo, dia 4 de janeiro, o mundo jurídico perdeu uma de suas figuras mais proeminentes. Ricardo Tepedino, renomado advogado empresarial, faleceu aos 61 anos, vítima de um câncer descoberto no fim de dezembro. A notícia foi confirmada por seu marido, José Antônio Arone. Tepedino deixou sua marca atuando nas maiores disputas societárias do país, além de ter participado das principais operações de compra e venda de companhias.

Sua carreira teve início em 1985, logo após a conclusão de sua graduação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Rapidamente se destacou no escritório de Sergio Bermudes, o que o levou a transferir-se para São Paulo em 1996. Cinco anos mais tarde, fundou o escritório Tepedino, Berezowski e Poppa Advogados. Além de suas atividades advocatícias, Tepedino também lecionou Direito Administrativo na Universidade Candido Mendes e integrou o Conselho Superior de Ensino e Pesquisa e o Conselho Universitário da UERJ.

No período entre 2010 e 2011, o advogado fez parte do Tribunal de Ética da OAB-SP, e entre 2012 e 2015 foi membro efetivo do Conselho Seccional da ordem. Além disso, Tepedino foi co-autor de várias obras, incluindo “Lei de Recuperação de Empresas e Falências e Direito Societário”, “A nova Lei de Falência e Recuperação de Empresas”, “Direito das Companhias” e “Lei das S.A. em seus 40 Anos”. Sua atuação também foi reconhecida ao integrar a banca examinadora de um dos concursos de ingresso na magistratura de São Paulo, bem como por suas menções nas edições do Chambers and Partners.

Conhecido pela eloquência e pelo tom ácido de suas críticas, Tepedino se envolveu em importantes disputas entre empresas e empresários. Representou a família Klein na briga com Abilio Diniz pela Casas Bahia, foi conselheiro do Casino no Pão de Açúcar durante a disputa travada entre Abilio e o francês Jean-Charles Nouri, e defendeu Benjamin Steinbruch, da CSN, na briga com os primos. Atualmente, integrava o conselho de administração do Banco Safra.

Além de sua atuação profissional, Tepedino também era conhecido por sua paixão pelas artes. Sua residência em São Paulo abrigava quadros e esculturas de artistas famosos. Amante da ópera, possuía um piano de cauda e apreciava obras musicais de Chopin, Beethoven e Rachmaninoff. Tepedino deixa seu marido, José Antônio Arone, seu filho Pedro Bessone Tepedino, fruto de seu primeiro casamento, e sua amada cachorra Carmen de Bizet.

O velório de Ricardo Tepedino está previsto para ocorrer nesta segunda-feira, dia 5 de janeiro, das 10h às 20h, no funeral Home, localizado na São Carlos do Pinhal, 376, Bela Vista, em São Paulo.

A morte de Ricardo Tepedino representa uma perda irreparável para a comunidade jurídica, deixando um legado de excelência profissional e contribuição significativa para o campo do direito empresarial. Sua ausência será sentida por colegas, amigos e familiares, que lembrarão sempre do seu brilhantismo tanto em sua atuação profissional quanto em sua paixão pelas artes e cultura.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo