Essa notícia não afetou apenas a Nike, mas também causou pequenas quedas nas ações de varejistas do setor esportivo, como JD Sports, Foot Locker e Under Armour. Além disso, analistas de Wall Street expressaram preocupação com a empresa, questionando se a era de ouro da Nike já passou.
John Kernan, diretor da TD Cowen, destacou que a Nike está enfrentando a concorrência de marcas premium que estão conquistando os consumidores, o que leva a uma necessidade de mudança de direção por parte da administração da Nike. Matthew Friend, CFO da Nike, ressaltou que a recuperação após essa queda nas receitas levará tempo e que a empresa está tomando medidas agressivas para reorganizar seu estoque e impulsionar as vendas.
A estratégia de reestruturação que a Nike vem adotando ao longo do ano, incluindo cortes de gastos e foco em vendas diretas ao consumidor e vendas digitais, demonstra a tentativa da empresa de recuperar sua participação no mercado. O CEO John Donahoe assegurou aos analistas que as equipes da Nike estão concentradas em impulsionar a inovação e execução para os consumidores, deixando para trás a redução de funcionários.
A Nike também reportou quedas nas receitas na região da Grande China e tendências irregulares na Europa, Oriente Médio e África. A empresa prevê uma queda de 10% na receita para o trimestre atual e uma queda de 5% na receita no ano fiscal de 2025. Apesar dos desafios, a Nike conseguiu superar as expectativas dos analistas em relação aos lucros no último trimestre.