O motorista, cujo nome não foi revelado, é proprietário do ônibus e também ficou gravemente ferido no acidente. As investigações concluíram que o veículo apresentava problemas de manutenção e licenciamento, como pneus carecas, falta de tacógrafo e registro inadequado na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Otávio Fagundes, apontou que todos esses fatores contribuíram para o indiciamento do suspeito.
De acordo com o depoimento do motorista, ele percebeu falhas no sistema de freios durante a descida da serra, o que o levou a tentar acionar os freios sem sucesso. Ele afirmou também que o ônibus havia passado por manutenção dois dias antes da viagem, mas não conseguiu se lembrar do nome da oficina nem apresentar comprovante do serviço.
Imagens divulgadas pela polícia mostram o momento do acidente, que ocorreu na região conhecida como Serra de Igarapé. As investigações apontam que o veículo perdeu os freios durante a descida da serra, levando o motorista a tomar a decisão de jogar o ônibus contra um barranco para tentar reduzir a velocidade. No entanto, a polícia considerou a atitude como negligente, resultando no indiciamento do condutor.
A tragédia levanta debates sobre a responsabilidade dos proprietários de veículos de transporte coletivo, bem como a necessidade de fiscalização e manutenção adequada dos mesmos. O caso segue sendo acompanhado de perto pela opinião pública e pelas autoridades, que buscam estabelecer responsabilidades e evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.