Dávila, uma jovem migrante LGBTQIAPN+, compartilha sua experiência ao chegar ao México e encontrar na Casa Frida um lugar de refúgio e apoio. Segundo ela, a transfobia, os ataques na rua e a rejeição de suas identidades são apenas alguns dos desafios enfrentados pelos membros da comunidade LGBTQIAPN+ que buscam uma vida melhor em terras estrangeiras.
O abrigo, fundado em 2020 durante a pandemia, busca lidar com o crescente fluxo de migrantes LGBTQIAPN+ que buscam refúgio no México. Com filiais em Tapachula e Monterrey, o abrigo é um espaço seguro onde essas pessoas podem encontrar acolhimento e assistência para reconstruir suas vidas em um ambiente livre de preconceitos e discriminação.
No entanto, a realidade dos migrantes LGBTQIAPN+ no México é marcada por desafios como a perseguição, o racismo, a xenofobia e a exploração sexual e trabalhista. Victoria, uma artista drag, relata ter sido vítima de um empregador mexicano que a submeteu a trabalho sexual não remunerado após confiscar seus documentos. A chegada à Casa Frida representou uma redenção para ela, que finalmente encontrou um lugar onde é acolhida, respeitada e validada.
Para Angélica Guzmán, uma advogada e assistente social do abrigo, a importância da Casa Frida vai além de fornecer abrigo e assistência aos migrantes LGBTQIAPN+. O espaço representa uma oportunidade para essas pessoas expressarem livremente quem são, em um ambiente de paz e liberdade.
Diante dos desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIAPN+ em sua jornada migratória, iniciativas como a Casa Frida se tornam essenciais para garantir o direito à vida e à dignidade dessas pessoas em um mundo ainda permeado por preconceitos e discriminação.