Aos 28 anos, Luana agora está participando de sua 7ª campanha para o Dia Mundial da Psoríase. Embora ela esteja em remissão, ela sabe que o estigma associado à doença ainda leva muitos a atrasarem o diagnóstico. A psoríase afeta cerca de 1 a 2% da população brasileira, ou cerca de 5 milhões de pessoas. Não há diferença de prevalência entre homens e mulheres. A doença tem um componente genético e pode ser desencadeada por fatores ambientais.
A dermatologista Aline Bressan explica que muitos pacientes desistem ou são erroneamente informados de que a doença é de fundo emocional. Ela ressalta que o estresse, a ansiedade e outros fatores podem agravar a psoríase, mas não são a causa principal. Além disso, a psoríase também pode ser um fator de risco para doenças cardiovasculares e hipertensão.
Muitos pacientes enfrentam preconceito e discriminação por causa da doença. Luana conta que sempre há alguém que troca de lugar no ônibus ou na sala de aula para não ficar ao lado dela. A falta de informação na sociedade pode tornar a situação ainda mais delicada, principalmente no ambiente de trabalho.
Na psoríase, as células da derme acumulam-se e descamam, causando lesões e inflamações na pele. A doença pode afetar o couro cabeludo, joelhos, cotovelos, unhas e outras regiões do corpo. Cerca de 30% dos casos de psoríase são graves e podem evoluir para outras condições, como artrite psoriásica, obesidade e síndrome metabólica.
A abordagem multidisciplinar do tratamento é fundamental para ajudar os pacientes a lidar com a doença. Uma mudança na dieta, prática de atividade física e exposição ao sol podem auxiliar no controle dos sintomas. Medicamentos imunobiológicos são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por planos de saúde para casos mais graves. Além disso, cuidar da saúde mental é essencial, pois muitos pacientes com psoríase sofrem de depressão e outros problemas de saúde mental.
Luana relata que atualmente tem uma vida normal e não deixa que a psoríase a defina. Ela é grata por ter a oportunidade de compartilhar informações sobre a doença e ajudar outras pessoas. A história de superação de Luana mostra que é possível viver bem com psoríase, desde que haja compreensão, apoio e acesso adequado ao tratamento.