Esta história por si só já é trágica o suficiente, mas ela faz parte de um contexto maior. A imigração para Nova Friburgo acabou sendo um pouco esquecida, em parte devido à maior imigração para o Rio Grande do Sul e também devido à dificuldade de se manterem na região, devido à terra pouco fértil.
O Argus foi uma tentativa inicial de um projeto que depois acabaria adaptado para o sul do país, onde efetivamente funcionou. Em 1822, José Bonifácio, então ministro das Relações Exteriores, enviou um major para as cortes alemãs da Europa, encarregando-o de recrutar colonos. A ideia inicial era enviar os imigrantes para a Bahia ou Nova Friburgo, uma colônia suíça criada na serra fluminense em 1819, mas D. Pedro 1º e Bonifácio mudaram os planos estrategicamente para povoar a Região Sul.
Os colonos eram, em sua maioria, artesãos ou trabalhadores rurais que haviam empobrecido em consequência da industrialização e das guerras napoleônicas. Eles formavam um excedente populacional na Alemanha, que era procurado pelo Brasil recém-independente.
A história do pastor Sauerbronn é um exemplo marcante das dificuldades e desafios enfrentados pelos imigrantes que chegaram ao Brasil no século XIX. Sua trajetória, assim como a de tantos outros, mostra a coragem e a resiliência necessárias para recomeçar a vida em um novo país, diante de tantas adversidades. A imigração para o Brasil foi um marco na história do país e marcou profundamente a identidade e a cultura brasileira. A memória desses imigrantes e suas histórias de superação merecem ser preservadas e contadas.