A pressão por aumento salarial muitas vezes vem da equipe do governador, que não pode receber uma remuneração superior à dos chefes. Isso acaba levando alguns estados a colocarem secretários em conselhos para receberem benefícios adicionais, mesmo que não tenham experiência ou conhecimento na área em questão.
Um exemplo disso é o caso do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que além de seu salário, recebe mensalmente um valor como conselheiro fiscal da Cetesb e também faz parte do conselho do Metrô. Em outros estados, como o Maranhão, o reajuste no salário do governador não ocorreu, levando os membros da equipe a receberem jetons em conselhos para melhorar sua remuneração.
A justificativa para esse tipo de prática costuma ser a atração de bons profissionais do setor privado para o setor público. No entanto, é importante considerar o risco desse argumento, já que muitos desses profissionais já eram servidores públicos e recebiam salários bem inferiores aos cargos atuais.
Portanto, a questão da remuneração dos governadores não se resume apenas ao valor pago aos chefes de estado, mas também aos possíveis impactos que isso pode causar em toda a estrutura governamental. É fundamental que essas questões sejam analisadas com cuidado, levando em consideração o equilíbrio financeiro dos estados e a transparência nas práticas salariais.