Segundo Josias, a repressão na Venezuela não se limita aos opositores de Nicolás Maduro, atingindo qualquer pessoa que ouse discordar do regime. Além disso, a eleição presidencial foi marcada por fraude e diversos procedimentos repressivos. No entanto, o ex-presidente Lula tem adotado uma postura moderada, evitando chamar Maduro de ditador, mesmo reconhecendo o caráter autoritário do governo venezuelano.
Essa moderação de Lula tem gerado respostas ofensivas por parte do governo venezuelano, que chegou a acusar o ex-presidente brasileiro de ser um agente da CIA. Para Josias, essa postura do Brasil é um vexame e não condiz com a gravidade da situação na Venezuela. Ele ressalta que o país não deveria se sujeitar a esse tipo de constrangimento e precisa agir de forma mais enérgica no âmbito internacional, como no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A falta de uma postura mais firme por parte do Brasil acaba alimentando as ofensas e desrespeitos vindos da Venezuela. Segundo Josias, quando as ofensas são ignoradas, o ofendido acaba sendo visto como merecedor delas. Dessa forma, é necessário que o governo brasileiro reavalie sua posição em relação à crise na Venezuela e adote medidas mais contundentes em defesa dos direitos humanos e da democracia na região.