O líder de 73 anos de idade tem gerenciado a crescente influência da Índia no cenário global, coincidindo com o país superando a China em população. Líderes mundiais, consultores de negócios e bancos estão apontando a Índia como um destino de investimento alternativo em um mundo cada vez mais desconfiado de Pequim.
Modi, esperando um terceiro mandato nas eleições previstas para o início do próximo ano, destaca a mudança das aspirações do povo indiano e a aceleração do voo do país. Para seus oponentes, no entanto, sua permanência no poder pode representar um risco para a Constituição da Índia, pois questionam se Modi usará uma vitória no terceiro mandato para alterar os valores seculares do país de forma irreversível.
Além disso, o governo de Modi enfrenta questionamentos sobre a repressão de grupos da sociedade civil, bem como acusações de discurso de ódio contra os muçulmanos. No entanto, o primeiro-ministro retrata uma visão positiva sobre o futuro da Índia, apontando para o sucesso econômico da microminoria religiosa dos Parsees no país.
No âmbito da política externa, a Índia tem buscado se posicionar como uma alternativa à China, reforçando laços com os EUA, defendendo a admissão da União Africana como membro permanente do G20, e mantendo relações próximas com países como Rússia e Israel.
Por fim, apesar das críticas sobre o desempenho econômico e democrático de seu governo, Modi ressalta que a Índia está se tornando uma economia de crescimento mais rápido no mundo. No entanto, questionamentos sobre emprego, corrupção, obstáculos administrativos e a lacuna de habilidades entre os jovens representam desafios em potencial para o país.