O governo do ex-presidente Lula foi criticado por ter ficado quase seis anos sem acompanhar de perto a política interna na Venezuela, inclusive retirando o corpo diplomático de Caracas. Durante esse período, o Brasil deixou de acompanhar de perto a composição das forças de apoio a Maduro.
Já o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou criar um espetáculo ao enviar um pequeno caminhão que invadiria o país vizinho levando “ajuda humanitária”. Essa atitude demonstrou a tensão entre os dois países e sinalizou para possíveis conflitos armados na região, o que poderia gerar uma crise econômica e de refugiados.
Atualmente, o governo Lula demonstra disposição em ajudar na normalização das relações com a América do Sul, mas ao mesmo tempo deixa claro que há limites para aventuras que a Venezuela possa iniciar na região. A possibilidade de um conflito armado é vista como uma tragédia econômica e geopolítica.
Na esfera da diplomacia, os gestos são relevantes. Lula afirmou que conversou duas vezes por telefone com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, mas não teve contato direto com Maduro. Essa tarefa ficou a cargo do assessor especial da Presidência da República, o ex-chanceler Celso Amorim.
O governo brasileiro está empenhado em calibrar os incentivos para que a Venezuela deixe de ser um elemento de desestabilização na política regional. A busca por uma solução pacífica para a disputa territorial é fundamental para a estabilidade econômica e geopolítica da região. Sendo assim, a atuação diplomática é de extrema importância nesse contexto, visando evitar um conflito armado e suas consequências para a região.”