Em julho, a China atingiu a meta de 1.200 gigawatts de capacidade instalada de energia solar e eólica, seis anos antes do previsto, demonstrando um avanço significativo no uso de energias limpas. Além disso, cerca de dois terços de todos os novos projetos de energia renovável em construção no mundo estão sendo realizados na China, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Para garantir a distribuição da energia renovável gerada em áreas remotas para as áreas urbanas e industriais, a China planeja investir cerca de US$ 800 bilhões até 2030 na modernização de sua infraestrutura de transmissão e software correlato. Essas medidas são fundamentais para o cumprimento das metas estabelecidas por Xi Jinping, que incluem atingir o pico de emissões de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060.
No entanto, para concluir essa transição do carvão para as energias renováveis, o país enfrenta desafios políticos complexos, como a necessidade de reformas no setor elétrico e uma maior liberalização para promover a descarbonização. A resistência das empresas estatais ligadas ao carvão e a necessidade de estabelecer um sistema de mercado para a energia limpa são obstáculos a serem superados.
A China busca não apenas reduzir sua dependência de combustíveis fósseis, mas também fortalecer sua posição no cenário global através da exportação de tecnologias verdes, como turbinas eólicas, painéis solares, veículos elétricos e baterias de lítio. Essa estratégia não apenas impulsiona a economia chinesa, mas também molda as relações geopolíticas do país com outras potências mundiais.
A transição da China para uma economia mais limpa tem impactos significativos não apenas a nível nacional, mas também global, contribuindo para os esforços de combate às mudanças climáticas e influenciando a dinâmica das relações internacionais. Com investimentos maciços em energia renovável e reformas estruturais em andamento, a China está se consolidando como líder na transição energética e no desenvolvimento sustentável.