Heloisa estava dentro do carro da família, passando por Seropédica, quando foi atingida por disparos feitos por agentes da PRF, de acordo com relatos dos familiares. Três policiais foram afastados de suas funções e a arma utilizada por um deles foi apreendida.
Ao todo, sete crianças de até 14 anos perderam a vida em consequência de tiroteios no estado, enquanto outras 11 ficaram feridas. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, a maioria das vítimas foi atingida por bala perdida.
Entre as crianças vítimas da violência armada, cinco foram baleadas durante ações e operações policiais. Duas delas acabaram falecendo e as outras três ficaram feridas.
O relatório mensal do Instituto Fogo Cruzado destaca que agosto foi marcado por violações contra crianças e adolescentes no Rio de Janeiro. Somente no mês passado, oito crianças e adolescentes de 0 a 17 anos foram baleados na região metropolitana, sendo que uma criança e cinco adolescentes perderam a vida. Além disso, uma criança e um adolescente ficaram feridos.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o número de casos registrados em agosto é maior. Em 2022, seis crianças foram feridas por tiros na região metropolitana do Rio, com duas mortes.
Um dos casos mais recentes no último mês foi o de Bernardo, um menino de oito anos que foi baleado durante um confronto entre suspeitos ligados a milícias rivais em Santa Cruz, zona oeste da capital. Duas mulheres também foram mortas no mesmo tiroteio, incluindo a mãe do garoto. Bernardo foi levado para o Hospital Municipal Pedro II, onde passou por cirurgia e continua internado.
A última criança a perder a vida em consequência da violência armada no Rio foi Eloah da Silva dos Santos, de apenas 5 anos. Ela foi atingida dentro de casa, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, enquanto brincava na própria cama. No momento dos disparos, a Polícia Militar estava realizando uma operação na comunidade. Um adolescente de 17 anos também morreu durante a ação.
Esses tristes e alarmantes dados revelam a urgência em combater a violência armada que está vitimando crianças e adolescentes no Rio de Janeiro. É necessário que as autoridades tomem medidas efetivas para garantir a segurança desses jovens e evitar que mais vidas sejam perdidas de forma tão prematura.