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Serviço Geológico do Brasil e Petrobras retomam projeto do Complexo Científico e Cultural da Urca no Rio de Janeiro

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) anunciou a retomada do projeto de construção do Complexo Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro. A Petrobras, que deve investir cerca de R$ 249 milhões, deu início ao processo de financiamento. Após todas as exigências burocráticas serem preenchidas, as duas empresas assinarão um termo de cooperação técnico-científico, que será enviado para a aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O projeto prevê a revitalização do Museu de Ciências da Terra (MCTer), um conjunto de laboratórios de isotopia e geocronologia, e uma litoteca com amostras do pré-sal brasileiro, acessível tanto para a indústria como para pesquisadores. As obras estão previstas para começar em abril de 2024 e terminar em 2027.

“Do ponto de vista cultural, teremos um museu científico de referência no Brasil, que irá tratar da evolução do planeta Terra e de como nós, seres humanos, nos inserimos neste processo evolutivo. Do ponto de vista do setor mineral, o Centro de Referência em Geociências terá como foco avaliar as possibilidades do território brasileiro para novas descobertas dos minerais críticos para transição energética, como o cobre, níquel, cobalto e lítio”, disse Inácio Melo, diretor-presidente do SGB.

Além disso, está prevista a construção de vários laboratórios especializados, como de Preparação Mecânica de Fósseis, Preparação Química de Fósseis, Micropaleontologia, Modelagem (Replicagem) de Fósseis, Preparação de Amostras Minerais, Conservação de Acervos, Restauro de Fósseis, Microscopia e Petrografia, e Ilustração.

O Museu de Ciências da Terra também planeja ter um portfólio de projetos de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (PD&I), principalmente nas áreas de sedimentologia, estratigrafia, bioestratigrafia, paleontologia, micropaleontologia, paleoecologia, paleoambiente, paleoclima, sistemas petrolíferos e tectônica de bacias.

A expectativa é que o novo complexo de pesquisa e desenvolvimento ajude a aprofundar os estudos e o conhecimento geológico no país, beneficiando setores estratégicos da economia.

“A disponibilização das amostras do pré-sal tanto para a academia quanto para a indústria de forma imediata certamente vai gerar inúmeros trabalhos científicos e de ciência aplicada, que podem contribuir no processo prospectivo das bacias costeiras do Brasil e até mesmo das bacias equatoriais”, disse Inácio Melo.

Portanto, a retomada do projeto do Complexo Científico e Cultural da Urca traz uma perspectiva de avanço significativo no estudo geológico no Brasil, promovendo parcerias entre a indústria e a academia e impulsionando importantes descobertas no setor mineral.

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