A comissão externa da Câmara dos Deputados, responsável por fiscalizar os rompimentos de barragens, debateu a situação da Forquilha III a pedido do deputado Padre João (PT-MG). O parlamentar expressou sua preocupação com o impacto negativo que notícias sobre a barragem podem ter na região, afugentando outras atividades como o turismo.
O procurador da República Bruno Nominato de Oliveira, que esteve presente nas diligências realizadas na Forquilha III, criticou a empresa Vale por não ter eliminado a barragem, mesmo sabendo de sua falta de estabilidade desde 2019. Oliveira enfatizou a responsabilidade da empresa em informar a população sobre os riscos envolvidos.
A anomalia detectada em março deste ano, que resultou em vazamento de material em um dreno, foi corrigida. No entanto, o superintendente da Agência Nacional de Mineração (ANM) alertou que a correção foi apenas paliativa e a barragem continua em nível 3 de risco desde 2019.
A preocupação com o potencial rompimento da barragem de Ouro Preto se estende além dos danos ambientais, podendo afetar o abastecimento de água em Belo Horizonte. Questionamentos sobre as condições da barragem e a atuação da Vale foram levantados durante a audiência, ressaltando a falta de transparência e informações precisas sobre a situação.
Apesar das críticas e preocupações levantadas durante a audiência, representantes da Vale e da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais não estiveram presentes para prestar esclarecimentos. A ausência desses representantes foi lamentada pelo deputado Padre João, que enfatizou a importância de trazer informações claras e atualizadas para a população.
A discussão sobre a segurança das barragens e a responsabilidade das empresas na prevenção de acidentes ambientais e humanos deve continuar sendo um tema prioritário para garantir a proteção da vida e do meio ambiente.
