Relatório preliminar aponta falta de declaração de emergência antes da queda do avião da VoePass em São Paulo

No último dia 9 de agosto, um trágico acidente aéreo chocou o país, deixando 62 pessoas mortas após a queda de um avião da VoePass em Vinhedo, próximo a São Paulo. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou um relatório preliminar sobre o caso, revelando que a tripulação não emitiu declaração de emergência antes do acidente.

As transcrições dos áudios de comunicação entre os pilotos da aeronave e a torre de comando foram extraídas da caixa-preta, trazendo à tona detalhes importantes sobre o trágico evento. A aeronave, que partiu de Cascavel (PR) com destino a São Paulo, acabou caindo sem que houvesse um pedido de socorro oficial por parte da tripulação.

A investigação do Cenipa continuará abordando questões como a manutenção da aeronave, enquanto a responsabilidade civil e criminal será investigada pela Polícia Federal. O Chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, ressaltou a importância da investigação para a segurança no transporte aéreo, visando evitar futuros acidentes semelhantes.

Durante uma audiência pública da comissão externa que acompanha as investigações do acidente, questionamentos sobre o sistema de degelo da aeronave surgiram. O deputado Bruno Ganem e outros membros da comissão levantaram dúvidas sobre a possibilidade de o sistema ter sido desligado involuntariamente. O brigadeiro Marcelo Moreno explicou que ainda não é possível determinar se houve falha no sistema de degelo.

Além disso, foram relatadas informações sobre uma denúncia anônima encaminhada ao Ministério Público do Paraná, acusando a VoePass de operar irregularmente em Cascavel. Os representantes do Cenipa garantiram que a questão de responsabilidade criminal será investigada pela Polícia Federal, enquanto a busca por respostas sobre as circunstâncias do acidente continua a mobilizar autoridades e especialistas da aviação.

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