Projeto de lei que regulamenta Inteligência Artificial está maduro e equilibrado, afirma representante da secretaria de Políticas Digitais

O Conselho de Comunicação Social promoveu uma importante reunião nesta segunda-feira, onde representantes do governo compartilharam suas opiniões sobre o projeto de lei que regulamenta a inteligência artificial em análise no Senado Federal. A representante da secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República, Marina Pita, destacou que o texto em questão atingiu maturidade e equilíbrio, após a colaboração de mais de 19 ministérios na discussão.

Durante a audiência pública sobre a regulação das redes sociais e da inteligência artificial, Marina Pita ressaltou a importância de equilibrar inovação e proteção, enfatizando a preocupação com a integridade da informação. Além disso, mencionou a necessidade de uma regulação que proteja a liberdade de expressão como um direito coletivo e difuso, garantindo transparência nas redes sociais.

O PL 2338/23, apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é resultado do trabalho de uma comissão de juristas e está sendo analisado em conjunto com outras nove propostas relacionadas ao tema. A regulamentação da inteligência artificial também aborda questões eleitorais, como a recente regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o uso da IA nas eleições municipais de 2024.

A pesquisadora Marilda Silveira defende a discussão no Parlamento sobre a regulamentação do uso da IA nas eleições, propondo medidas de controle e sanções alternativas para garantir um processo eleitoral transparente. Por sua vez, o advogado especialista em Direito Digital, Fabrício da Mota Alves, destaca a importância da definição de um órgão regulador para tratar do tema, destacando a proposta da Autoridade Nacional de Proteção de Dados.

As discussões no Congresso também levam em consideração a proposta de Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2028, divulgada pelo governo, que prevê investimentos significativos nessa área. A educação midiática também é uma pauta recorrente entre os conselheiros do Conselho de Comunicação Social, que reiteram a importância de campanhas educativas para o reconhecimento e uso responsável das tecnologias.

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