Um dos principais obstáculos apontados pelos especialistas é a falta de estrutura dos hospitais. De acordo com a pesquisadora da Fiocruz Gisele Odwye, essa falta de infraestrutura compromete a qualidade e eficiência do serviço prestado. Ela ressaltou a importância de investir na ampliação e modernização dos hospitais, além de garantir um ambiente adequado para o atendimento de urgência.
Outro ponto discutido foi a possibilidade de realizar atendimentos domiciliares. O deputado Zé Neto (PT-BA) sugeriu que o serviço de atendimento domiciliar dos pacientes seja colocado em pauta, como forma de agilizar o atendimento e desafogar o sistema de saúde. Essa proposta foi bem recebida pelos participantes da audiência, ressaltando que, muitas vezes, os pacientes podem ser tratados em casa, evitando a sobrecarga dos hospitais.
No entanto, o coordenador geral de Urgência do Ministério da Saúde, Felipe Reque, destacou que a formação dos profissionais da rede de urgência é fundamental para garantir um atendimento de qualidade. Segundo ele, o governo tem como prioridade investir na capacitação desses profissionais, fornecendo cursos e treinamentos para que estejam preparados para lidar com as diversas situações de urgência e emergência.
É importante ressaltar que o envelhecimento da população impacta diretamente o serviço de atendimento de urgência, uma vez que as pessoas mais idosas têm maior probabilidade de necessitar de cuidados médicos urgentes. Com isso, é fundamental que o poder público invista na infraestrutura e na capacitação dos profissionais para garantir um atendimento eficiente e de qualidade para toda a população.
Em conclusão, a audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados evidenciou a necessidade de investimentos em estruturas de saúde e na formação de profissionais para melhorar o atendimento de urgência. A falta de infraestrutura dos hospitais e a possibilidade de realizar atendimentos domiciliares foram temas discutidos durante o debate. Além disso, o coordenador geral de Urgência do Ministério da Saúde enfatizou a importância da formação dos profissionais para garantir um atendimento de qualidade. Resta agora aguardar possíveis políticas e ações que visem solucionar essas demandas, visando a melhoria da saúde pública no país.