Durante seu pronunciamento, Pochmann fez um histórico do IBGE, destacando que a instituição já foi subordinada diretamente ao presidente da República, mas ao longo dos anos perdeu espaço e recursos, o que levou outros ministérios a criarem seus próprios bancos de dados. O presidente do IBGE enfatizou a importância da coordenação de dados como uma questão de soberania nacional, especialmente em um cenário no qual empresas estrangeiras se beneficiam de um vasto volume de informações sobre os brasileiros sem contribuir para o desenvolvimento do país.
Mesmo diante das limitações financeiras enfrentadas pelo IBGE, Pochmann destacou os esforços em andamento para integrar dados de educação, saúde e previdência, ressaltando a relevância dessas informações para a formulação de políticas públicas. Além disso, o presidente do instituto alertou sobre a importância de se combater a desinformação e as chamadas fake news, destacando o papel crucial de dados confiáveis e atualizados nesse contexto.
Outro ponto abordado durante a audiência foi a questão dos trabalhadores temporários no IBGE. Cleiton Batista, diretor do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística, destacou que grande parte dos empregados do instituto são contratados temporariamente, com baixa remuneração e alta rotatividade. Pochmann, por sua vez, ressaltou os desafios que o IBGE enfrentará nos próximos anos, incluindo a realização de diversas pesquisas, como o censo agropecuário de 2026.
Portanto, a busca pela consolidação do IBGE como o principal coordenador dos dados oficiais do Brasil é um tema essencial para o fortalecimento da transparência, da produção de políticas públicas embasadas em dados confiáveis e da defesa da soberania nacional.
