PL 3402/24 garante direito à informação e acesso a redes sociais proibidas no Brasil, proposta de Amom Mandel em tramitação na Câmara dos Deputados.

Na última sexta-feira, dia 10 de outubro de 2024, o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) apresentou o Projeto de Lei 3402/24 na Câmara dos Deputados, com o objetivo de garantir aos brasileiros o direito à livre escolha e utilização de meios de comunicação virtuais e redes sociais, mesmo que sejam proibidas no Brasil. Em meio a um cenário de debates sobre liberdade de expressão e democratização da informação, Mandel ressaltou a importância do acesso à informação como um pilar fundamental da democracia.

A proposta também visa proibir a imposição de penalidades a usuários comuns ou entidades que utilizem meios tecnológicos, como redes privadas virtuais, para contornar a suspensão de plataformas de mídia social. No entanto, o texto estabelece que a responsabilidade pelo uso indevido dessas plataformas, incluindo o acesso ilegal via subterfúgios, recairá sobre os indivíduos ou entidades que praticarem tais atos.

Em contrapartida, as plataformas deverão adotar medidas razoáveis para evitar o uso ilícito de seus serviços, sem prejudicar o acesso legítimo à informação. O projeto surge em meio a discussões após a suspensão da plataforma X (antigo Twitter) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, motivada pela recusa da empresa em retirar sete perfis do ar e a designar um representante legal no país.

Amom Mandel destaca que a proibição exemplifica como os cidadãos podem ser privados do acesso a ferramentas essenciais de comunicação e informação, mesmo sem envolvimento em atividades ilegais. O projeto prevê ainda a criação de um órgão governamental para fiscalizar o cumprimento da futura lei, caso seja aprovada após tramitação nas Comissões de Comunicação, Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.

Para que se torne lei, o projeto precisará ser aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado. A discussão sobre a garantia do direito à informação e a regulamentação do uso de plataformas de comunicação continuará avançando nas próximas etapas legislativas, refletindo os debates em torno da liberdade de expressão e dos direitos dos cidadãos no ambiente digital.

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