Nova Lei 14.994/24 aumenta pena de feminicídio e o torna crime autônomo no Código Penal, facilitando enquadramento legal do agressor

Nesta quinta-feira, dia 10 de outubro de 2024, entrou em vigor a Lei 14.994/24, que traz mudanças significativas no combate ao feminicídio no Brasil. A principal alteração promovida pela nova legislação é o aumento da pena para o crime de feminicídio, que agora passa a ser considerado um crime autônomo no Código Penal, com pena que varia de 20 a 40 anos de reclusão, antes era de 12 a 30 anos.

A Lei 14.994/24 visa facilitar a classificação do crime de feminicídio e permite que ele tenha circunstâncias qualificadoras. Além disso, a nova legislação estabelece que a pena será aumentada de 1/3 até a metade em casos específicos, como quando o crime é praticado durante a gestação, nos três meses posteriores ao parto, contra menores de 14 anos, maiores de 60 anos, entre outras circunstâncias.

O projeto que deu origem à Lei 14.994/24 foi apresentado pela senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) e foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, sendo sancionado sem vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A relatora na Câmara foi a deputada Gisela Simona (União-MT).

Além do aumento da pena para o crime de feminicídio, a nova legislação também prevê medidas protetivas para as mulheres vítimas de violência. Uma das mudanças é o aumento da pena para condenados que descumprirem medidas protetivas, passando de detenção de 3 meses a 2 anos para reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Outras alterações incluem restrições para presos por crimes contra a mulher, como a transferência para presídio distante do local de residência da vítima em caso de ameaças ou novas violências e a exigência do uso de tornozeleira eletrônica durante saídas autorizadas do presídio.

Com a promulgação da Lei 14.994/24, o Brasil dá um passo importante no combate ao feminicídio e na proteção das mulheres vítimas de violência, garantindo medidas mais eficazes e penalidades mais rigorosas para os agressores. A sociedade civil e as autoridades responsáveis esperam que essa nova legislação traga resultados positivos e contribua para a redução dos casos de feminicídio no país.

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