Repórter São Paulo – SP – Brasil

Mulheres na extrema pobreza representam 6,1% da população brasileira em 2022, mostra IBGE no Dia Internacional da Mulher

No Brasil, as mulheres enfrentam desafios diários, especialmente aquelas que vivem em situação de extrema pobreza, com uma renda mensal de até R$ 200. De acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres nesta situação representam 6,1% da população feminina do país, um percentual ligeiramente maior do que o dos homens, que é de 5,7%.

Além disso, a pobreza afeta de forma mais intensa as mulheres negras do que as brancas. Os números revelam que as negras representam 8% da população feminina em extrema pobreza, em comparação com 3,6% das brancas. Na faixa de pobreza, as negras também estão em maior número, com 41,3% em comparação com 21,3% das brancas.

A desigualdade de gênero também é evidente quando se analisa os rendimentos. As mulheres ganham em média 78,9% do que os homens recebem, sendo ainda mais desafiador para as profissionais de ciência e intelectuais, com um salário equivalente a apenas 63,3% do dos homens.

Outro fator que impacta a participação das mulheres no mercado de trabalho é a presença de crianças em casa. Enquanto a taxa de ocupação das mulheres cai para 56,6% quando há crianças de até 6 anos no ambiente, a dos homens sobe para 89%. A realização de afazeres domésticos também contribui para essa discrepância, com as mulheres dedicando mais do dobro de horas do que os homens nessas atividades.

É importante ressaltar que a luta das mulheres para garantir o sustento e criar suas famílias é constante. Histórias como a de Antônia do Perpétuo Socorro dos Santos, que enfrentou inúmeras dificuldades para garantir um futuro melhor para suas filhas, evidenciam a resiliência e determinação desse público. Aos 65 anos, Antônia se orgulha de ter superado obstáculos e de ver suas filhas bem encaminhadas na vida, destacando que todo esforço valeu a pena.

Diante desses desafios, é fundamental que sejam adotadas políticas públicas e medidas que promovam a igualdade de gênero, combatam a pobreza e garantam oportunidades para que todas as mulheres possam ter uma vida digna e próspera. A luta pela equidade de gênero e contra a desigualdade social deve ser uma prioridade em nossa sociedade.

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