Ministro ausente gera polêmica na Comissão de Agricultura por não comparecer para falar sobre importação de arroz.

Na tarde desta quarta-feira, 03 de julho de 2024, uma situação inusitada marcou a reunião da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. O ministro da secretaria responsável por apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, não compareceu ao compromisso agendado para discutir a importação de arroz, frustrando a expectativa dos presentes.

O presidente do colegiado, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), não escondeu sua insatisfação com a ausência do ministro. Vale lembrar que o convite foi feito de forma cordial, e não uma convocação obrigatória, o que tornou a falta de Pimenta ainda mais desrespeitosa aos olhos dos parlamentares. “Fica registrada minha indignação”, pontuou Vieira de Melo durante a sessão.

Além disso, outros deputados presentes se manifestaram contra a falta de compromisso do ministro, ressaltando a importância do tema em discussão e a necessidade de esclarecimentos por parte do governo.

A ausência de Pimenta gerou ainda mais incômodo quando se considera que o Rio Grande do Sul é responsável por aproximadamente 70% da produção nacional de arroz. Diante das adversidades climáticas enfrentadas pela região, como chuvas e enchentes, o governo decidiu pela importação do produto. Um leilão foi realizado, mas acabou sendo cancelado devido à falta de comprovação técnica das empresas vencedoras.

No entanto, em uma reviravolta inesperada, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou em entrevista à Globonews que o governo desistiu, ao menos por enquanto, da importação de arroz. Fávaro explicou que a normalização da situação no Rio Grande do Sul e a oferta de arroz importado já permitiram a estabilização dos preços no mercado nacional.

Diante desse cenário, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados decidiu apresentar um requerimento para convocar o ministro ausente, a fim de garantir que as devidas explicações sejam prestadas à sociedade e que providências adequadas sejam tomadas em relação ao abastecimento de alimentos essenciais como o arroz.

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