De acordo com o voto de Moraes, os réus João Lucas Vale Giffoni, Jupira da Cruz Rodrigues, Nilma Lacerda Alves, Davis Baek e Moacir Jose Dos Santos foram condenados a penas que variam de 12 a 17 anos de prisão. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.
O julgamento virtual permite que os ministros insiram seus votos no sistema eletrônico, não exigindo uma deliberação presencial. O processo tem início com o voto do relator, seguido pelos demais ministros, que devem votar dentro do prazo estabelecido pelo sistema. Antes do julgamento, os advogados têm a oportunidade de incluir vídeos com a gravação da sustentação oral.
Cada um dos réus possui sua própria defesa. João Lucas Vale Giffoni, morador de Brasília, foi preso em flagrante dentro do Congresso Nacional. Sua defesa argumenta que ele não participou da invasão do prédio e entrou no local apenas para se proteger das bombas de gás lacrimogêneo. Além disso, afirmam que Giffoni não apoia atos antidemocráticos e de vandalismo.
Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, residente em Betim (MG), também foi presa durante o ato e suas defesas afirmam que não há provas de sua participação na depredação. Segundo elas, a ré chegou à Esplanada dos Ministérios após o início dos incidentes e entrou no Palácio do Planalto buscando abrigo dos disparos de balas de borracha e gás lacrimogêneo promovidos contra os manifestantes.
Nilma Lacerda Alves, de Barreiras (BA), outra ré também detida no Palácio do Planalto, teve sua defesa alegando falta de provas no processo para justificar a condenação. Davis Baek, morador de São Paulo, foi preso na Praça dos Três Poderes portando artefatos perigosos, como rojões, cartuchos de gás lacrimogêneo, uma faca e um canivete. No entanto, sua defesa insiste em sua não participação na depredação.
Moacir Jose dos Santos, preso no Palácio do Planalto, segundo sua defesa, foi a Brasília para participar de uma manifestação pacífica e não aderiu aos atos de vandalismo. Eles também negam que o réu tenha portado qualquer tipo de arma e alegam que ele entrou no local apenas para se proteger.
Vale destacar que há duas semanas, o STF já havia condenado os três primeiros réus envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O julgamento prossegue e novas decisões serão anunciadas nos próximos dias.