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Marcha das Mulheres Indígenas pede investimentos e oportunidades para promover mudanças na institucionalidade

Na tarde desta segunda-feira (11), uma sessão solene foi realizada no Plenário da Câmara dos Deputados para homenagear a 3ª Marcha das Mulheres Indígenas, que está ocorrendo em Brasília até quarta-feira (13). Com o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais”, a marcha tem o objetivo de reverter os danos causados e contribuir para a reconstrução do país, segundo a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana.

Durante a sessão, Joenia ressaltou a importância das mulheres indígenas na sociedade brasileira e destacou a necessidade de ocuparem espaços de poder e tomada de decisões. Ela também cobrou investimentos e oportunidades para que as mulheres indígenas possam levar adiante suas ideias e projetos. A presidente da Funai ressaltou a importância do orçamento da Funai, que inclui recursos para demarcação de terras indígenas e combate à violência contra mulheres indígenas.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou que o tema da marcha está relacionado à luta pela existência dos povos indígenas. Ela considera uma vitória a presença de mulheres indígenas no Executivo e no Legislativo e se comprometeu a trabalhar pela ampliação da “bancada do cocar” para os legislativos estaduais. Sônia também destacou a importância de promover mudanças na institucionalidade, trazendo vozes diversas para o debate político.

A deputada Célia Xakriabá, presidente da Comissão dos Povos Originários, apresentou um projeto de lei para combater a violência contra mulheres indígenas. Ela ressaltou a urgência de aprovar essa lei como resposta às mulheres indígenas que têm sido silenciadas pela violência. A deputada também ressaltou a resistência das 500 mulheres que protocolaram o projeto de lei e que chegaram ao Parlamento para fazer a diferença.

Representantes de comunidades indígenas protestaram contra o garimpo em áreas indígenas e cobraram participação nas decisões que afetam suas comunidades. A deputada Juliana Cardoso alertou para o modelo de desenvolvimento atual, que é predatório para a biodiversidade e gera pobreza e doenças. Representantes de diferentes biomas também participaram da sessão, ressaltando a importância de preservar o meio ambiente e as populações indígenas.

A sessão solene também contou com a presença da ministra da Mulher, Cida Gonçalves, que destacou o compromisso do governo federal e do presidente Lula com a vida das mulheres, especialmente indígenas e negras. Ela ressaltou a importância de lutar contra o feminicídio no Brasil.

A sessão foi encerrada com a presença de representantes de diferentes biomas, como o Cerrado, a Caatinga, o Pampa, a Mata Atlântica e a Amazônia. As mulheres indígenas demonstraram sua união e resistência na busca por melhores condições de vida e preservação do meio ambiente. A luta continua e as vozes das mulheres indígenas se mantêm firmes na defesa de seus direitos.

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